06/11/2025

Alerta para aumento de casos de leptospirose com as chuvas no Litoral do Paraná

A doença é caracterizada por ser infecciosa, febril aguda, que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente de ratos infectados pela bactéria Leptospira.

Com o início do período de chuvas em várias regiões do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça o alerta à população sobre os riscos de leptospirose, doença infecciosa e grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre pelo contato direto ou indireto com urina de animais infectados, especialmente ratos, por meio de água ou lama contaminadas pela bactéria Leptospira.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da Saúde, entre janeiro e 16 de outubro deste ano, o Paraná registrou 1.435 casos suspeitos, sendo 237 confirmados e 15 óbitos. No mesmo período de 2024, foram 433 confirmações e 50 mortes.

Segundo o secretário estadual da Saúde em exercício, César Neves, as condições climáticas favorecem a disseminação da bactéria. “Esse é um momento que exige atenção redobrada da população, pois a doença pode evoluir rapidamente para quadros graves, com comprometimento dos rins, hemorragias e até levar à morte”, afirmou.

Nas formas mais severas, o paciente pode apresentar icterícia (pele e olhos amarelados), insuficiência renal e hepática, hemorragias e meningite, exigindo internação hospitalar.

Prevenção e cuidados

Como não existe vacina contra a leptospirose no Brasil, a prevenção é a principal forma de proteção. A Sesa recomenda:

Evitar contato com enchentes, lama e água possivelmente contaminada;

Usar botas e luvas de borracha em limpezas pós-enchente;

Desinfetar pisos, paredes e utensílios com água sanitária;

Manter terrenos e quintais limpos, sem entulhos ou lixo acumulado;

Guardar alimentos e rações em recipientes fechados, evitando a presença de roedores.

Pais e responsáveis devem evitar que crianças brinquem em áreas alagadas, córregos e lagos após as chuvas.

Medidas após contaminação

Quem teve contato com áreas alagadas e apresentar febre, dor muscular (principalmente nas pernas), dor de cabeça, náuseas ou vômitos deve procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

O tratamento precoce com antibióticos é fundamental e pode evitar complicações graves. Após o diagnóstico, o paciente deve seguir repouso, hidratação e acompanhamento médico. Nos casos mais sérios, há risco de insuficiência renal e hemorragias internas.

A Sesa reforça que a atenção e os cuidados durante e após as chuvas são essenciais para evitar novos casos da doença.