26/09/2025

Consumo de energéticos: Saúde alerta para problemas cardíacos em adolescentes e jovens

A Secretaria de Saúde do Paraná faz uma alerta para problemas cardiovasculares em adolescentes e jovens adultos, de 15 a 30 anos, um perfil que não se enquadra no grupo considerado de risco para esse tipo de doença, mas que, muitas vezes, tem adotado comportamentos que podem levar a essa condição.

Entre eles, alimentação pobre em nutrientes, sedentarismo e o uso indiscriminado de bebidas energéticas e medicamentos como tadalafila, indicado para disfunção erétil, mas utilizado com a intenção de ganho de massa muscular, algo que não tem qualquer comprovação científica.

O consumo excessivo de cafeína, ingrediente das bebidas energéticas, pode provocar problemas cardíacos, como o coração bater mais rápido, palpitação, aumento da pressão arterial e infarto. Pesquisa recente realizada pela empresa Kantar indica um aumento no consumo, alcançando 38% dos lares brasileiros. Essa alta também é registrada fora dos domicílios, como em bares, com 22% do público.

CENÁRIO –
Em 2024, a secretaria estadual da Saúde registrou atendimento hospitalar de 1.183 pacientes entre 15 e 30 anos por questões cardiovasculares, sendo 566 com idade entre 15 e 24 anos. No primeiro semestre de 2025, foram 759 atendimentos entre o público de 15 e 30 anos, o que corresponde a 64% de todo o ano anterior. Destes, 390 na faixa etária de 15 a 24 anos, o que equivale a 70% dos registros em 2024.

Foram constatados problemas como insuficiência cardíaca, arritmias, crise hipertensiva e, até mesmo, infarto.

No ano passado, houve 107 atendimentos de na faixa etária de 15 a 30 anos com arritmia cardíaca. No primeiro semestre de 2025 foram 68 – 65% dos casos de todo o anterior.

Os casos de crise hipertensiva (aumento da pressão arterial) foram responsáveis por 220 atendimentos no ano passado. Em 2025 já são 160 casos no primeiro semestre, o equivalente a 73% dos registros de 2024.

Considerando o perfil entre 15 e 24 anos, foram 75 atendimentos de crise hipertensiva no primeiro semestre de 2025, o que corresponde a 80% de todo o ano anterior, quando 95 atendimentos foram feitos.