Série documental Sabores do Paraná realiza expedição audiovisual para revelar as histórias da cozinha paranaense.
Produção percorre quatro cidades para registrar histórias, memórias e tradições que moldam a nossa gastronomia; equipe chega nesta quinta em Antonina para gravações
Antes de ser receita, a comida é história. Com esse entendimento, a série documental Sabores do Paraná inicia uma expedição pelo estado em busca das narrativas que sustentam nossas cozinhas tradicionais. Com quatro episódios, a produção se propõe a ouvir personagens reais, registrar memórias familiares e revelar como rituais culinários atravessam gerações, moldando identidades e conectando o público às suas raízes culturais.
Aprovado no Edital de Audiovisual I, o maior da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura Governo Federal lançado pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), o projeto reforça o compromisso com a preservação do patrimônio imaterial e com narrativas que ampliam o olhar sobre a diversidade cultural do estado.
A diretora Ana Azevedo, que dirige a série, explica a motivação do projeto: “Sabores do Paraná viaja pelo estado para descobrir o que há por trás dos pratos que marcam a nossa cultura. Encontramos pessoas que usam a cozinha para contar suas histórias e, ao fazer isso, preservam suas memórias e mantêm vivas tradições que fazem parte do cotidiano delas.”
Comida como linguagem
A série parte da compreensão de que a gastronomia carrega valores, conexões e práticas sociais que vão muito além do ato de cozinhar. “Ao contar essas histórias, descobrimos um Paraná super diverso. Isso nos permite valorizar tradições, trazer as raízes de volta e aproximar o público das suas próprias referências culturais”, observa Ana Azevedo.
É esse olhar simultaneamente íntimo e documental que orienta cada episódio, costurando território, afetividade e história.
As gravações começaram por Foz do Iguaçu, com captações no Marco das Três Fronteiras, Ponte da Amizade, Avenida Brasil e estabelecimentos árabes que evidenciam a presença da comunidade libanesa na região. Parte da equipe viajou de carro e parte em van para percorrer os primeiros 500 quilômetros da expedição. Agora, outros 700 quilômetros foram percorridos até Antonina, no litoral paranaense, onde será produzida a narrativa sobre a tradição do barreado na Casa do Barreado com Lindamar Santos Silva.
O episódio acompanha Lindamar enquanto ela resgata as lembranças da infância, da família e da cidade onde cresceu para manter viva a tradição do barreado. A narrativa atravessa histórias guardadas em fotografias, rituais afetivos da cozinha, perdas que marcaram sua trajetória e a decisão de voltar a Antonina para preservar o que parecia desaparecer. Ao abrir o restaurante e transformar o preparo do barreado em um gesto de memória, Lindamar encontra uma maneira de honrar suas origens e manter sua história circulando pela cidade. O episódio mostra como cozinhar se torna um ato de lembrança, continuidade e pertencimento.
Na sequência, a equipe retorna a Curitiba para gravar com a chef Manu Buffara, antes de seguir para Cascavel, onde a jornada se encerra durante a Festa do Trabalhador. A série estreia no primeiro semestre de 2026.
Os episódios
Raízes (Curitiba)
A trajetória de Manu Buffara é ponto de partida para refletir sobre como família, natureza e território influenciam a formação de uma cozinha. O episódio acompanha sua infância entre o urbano e o rural, suas referências afetivas e a passagem do jornalismo à gastronomia, revelando uma visão de cozinha que transforma realidades e conecta pessoas.
Travessia (Foz do Iguaçu)
Com Sr. Ali e Hussein, a série aborda a memória da imigração libanesa, a reconstrução da vida em Foz do Iguaçu e a culinária como elo com o país de origem. A comida aparece como gesto de preservação e identidade, mantendo viva uma herança que hoje faz parte do cotidiano da cidade.
Memória (Antonina)
Em Antonina, Lindamar revisita lembranças da infância e da família para manter viva a tradição do antoninense. Ao transformar seu restaurante em espaço de preservação cultural, ela mostra como cozinhar pode ser um ato de continuidade e pertencimento.
Legado (Cascavel)
O episódio registra a Festa do Trabalhador no Seminário São José Operário, acompanhando Sergio e a equipe de voluntários no preparo da costela de fogo de chão. A celebração revela vínculos comunitários, rituais coletivos e o impacto cultural da cozinha partilhada.
Linha do tempo das gravações:
Foz do Iguaçu – 4/12 a 8/12 I Antonina – 11/12 até 15/12 I Curitiba – 18/12 até 22/12 I Cascavel – janeiro de 2026
Série documental Sabores do Paraná (@docsabores)
Direção: Ana Beatriz de Santi Azevedo
Produção Executiva: Edward Fabris
Direção de Fotografia: Bic Rafagnin (Rafael Damen Rafagnin)
Direção de Arte: Gui Almeida (Guilherme Henrique de Almeida) Projeto aprovado pelo Edital Audiovisual I da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) com recursos da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura – Governo Federal.
Fotos: Daniel Alexs

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