No início do século XX, o interior do Paraná começou a revelar sua força produtiva.
Entre os vastos pinheirais de Araucária e as colônias formadas por imigrantes poloneses e russos, floresciam as primeiras grandes plantações de erva-mate. Esse cultivo, além de símbolo cultural, foi a semente de um ciclo econômico que mais tarde se expandiria para diversas outras culturas agrícolas, tornando-se a base da vocação exportadora do estado.
Naquela época, as propriedades rurais de mate tinham como centro a barabacoa construções de grande porte, semelhantes a quartéis, onde as folhas eram levadas para secar em varais aquecidos, conhecidos como barbaco.
A cena típica, registrada em fotografias da época, mostrava o contraste entre a arquitetura rústica das secagens e a imponência dos pinheiros araucária, árvores marcantes do território paranaense.
Foi dessa tradição agrícola, enraizada no interior, que se consolidou a ligação com o litoral. As colheitas, inicialmente de erva-mate e, mais tarde, de soja, milho, café e outros produtos, seguiram os caminhos abertos até alcançar o Porto de Paranaguá.
Hoje, mais de um século depois, o porto é um dos maiores corredores de exportação da América Latina, fruto direto do trabalho e da visão dos primeiros colonos que transformaram a terra bruta em riqueza duradoura.
A história da agricultura paranaense não é apenas a narrativa do interior; é também a origem da grandeza do porto.
O que começou em pequenas colônias e secagens de mate tornou-se a engrenagem que movimenta navios, conecta o Paraná ao mundo e projeta o estado como potência agrícola global.
Fonte: Getty
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