Vendaval com rajadas de 65 km/h causa estragos e mobiliza força-tarefa em Paranaguá

Rajadas de até 65 km/h provocaram quedas de árvores, danos em equipamentos públicos e interrupção no fornecimento de energia; equipes seguem em campo para atender a população

Paranaguá enfrentou, no último sábado, dia 8, os impactos de um vendaval provocado por um ciclone extratropical formado no Oceano Atlântico. As rajadas de vento chegaram a 65 km/h, causando quedas de árvores, destelhamentos, danos em estruturas públicas e interrupção no fornecimento de energia em diversas regiões da cidade.

Segundo a Copel, o vendaval atingiu diretamente a rede elétrica, deixando cerca de 7,8 mil unidades consumidoras sem energia ao longo do dia.

A resposta do Município foi imediata. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) registrou 36 atendimentos emergenciais e atuou de forma integrada com a Guarda Civil Municipal (GCM), Corpo de Bombeiros e Núcleos Comunitários de Defesa Civil, com apoio também do destacamento da GCM na Ilha do Mel.

De acordo com o secretário municipal de Segurança e coordenador da Defesa Civil, Francisco Leudomar Nóbrega dos Santos, a prioridade foi garantir a segurança da população e mitigar os danos causados pelo evento climático. “Desde o início do evento, nossas equipes foram mobilizadas para atender as ocorrências, remover riscos e dar suporte direto à população. Também fizemos a distribuição de lonas para residências afetadas e atuamos na desobstrução de vias. A resposta foi rápida e coordenada para reduzir os impactos”, destacou.

Principais ocorrências registradas

O balanço preliminar aponta que o vendaval provocou aproximadamente 18 quedas de árvores em diferentes áreas da cidade, que demandaram ações de corte, remoção e destinação adequada por parte das equipes municipais. Também foram registrados 9 casos de destelhamento em residências, que receberam atendimento com a distribuição de lonas plásticas.

O temporal causou ainda destelhamentos no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Agadil Cabral e no Ginásio de Esportes Dr. Joaquim Tramujas, além da queda de forro na Casa da Mulher Parnanguara e queda de calha na Escola Municipal Professora Maria José Henrique Tavares. Houve, também, danos estruturais no ponto de táxi do Centro e no Mercado Público Municipal Nilton Abel de Lima, bem como a queda de um trapiche na Ilha de Piaçaguera e outro na Ponta de Ubá, impactando a mobilidade da comunidade local.

Impacto na rede municipal de ensino

A secretária municipal de Educação, Fabíola Soares Arcega, informou que as aulas da Escola Municipal do Campo Eulália, na Ilha de Teixeira, foram suspensas em função da falta de energia elétrica, que também comprometeu o abastecimento de água e a conservação da alimentação escolar.

“Além da falta de energia, tivemos danos nos trapiches de Piaçaguera e Ponta de Ubá. As professoras chegaram a desembarcar na água para acessar a comunidade. Mesmo assim, o horário das aulas ficou comprometido, porque depende da variação da maré para embarque e desembarque. Por isso, a suspensão foi necessária para garantir segurança e organização”, explicou a secretária.

Força-tarefa segue em atuação

Após o pico do vendaval, a Prefeitura manteve equipes mobilizadas para monitorar áreas afetadas, realizar novas intervenções, remover riscos e prestar apoio às famílias impactadas.

A gestão municipal reforça que a Defesa Civil permanece em estado de atenção para novos alertas climáticos e orienta a população a acionar os canais oficiais em caso de emergências.