Adriano Ramos denuncia crimes ambientais e ameaça rescindir contrato da Paranaguá Saneamento.
O prefeito de Paranaguá, Adriano Ramos, classificou como “abusivo e injusto” o aumento de 23,92% nas tarifas de água e esgoto, autorizado pela Justiça a pedido da Paranaguá Saneamento. A medida começa a valer no próximo dia 19 de setembro e, segundo o chefe do Executivo, será contestada por meio de recurso jurídico e uma série de medidas administrativas e ambientais.
“Quero deixar claro: não sou amigo da Paranaguá Saneamento. Sou inimigo da empresa porque ela é inimiga da população. Já aplicamos mais de R$ 3,3 milhões em multas por irregularidades, constatamos dezenas de pontos de esgoto lançado in natura em nossos rios e seguimos combatendo esse desserviço. Comigo, não há acordo: aqui é guerra, e eu vou defender a nossa cidade até as últimas consequências”, disparou o prefeito em coletiva de imprensa.
Como o aumento foi aprovado
A concessionária entrou na Justiça alegando que os reajustes de 2021 e 2022 estavam previstos no contrato de concessão firmado em 2012, mas não foram aplicados. Após debates técnicos, a Cagepar (Central de Água, Esgoto e Serviços Concedidos do Litoral do Paraná) homologou, em 14 de outubro de 2024 apenas uma semana após as eleições municipais — os índices apresentados pela empresa. Essa decisão serviu de base para o reajuste retroativo agora autorizado.
Adriano Ramos, no entanto, aponta motivação política. “O ex-prefeito Marcelo Roque, que teve seu candidato derrotado nas urnas, permitiu que um conselho indicado por ele aprovasse, logo após a eleição, esse aumento de 23,92%.
É uma manobra para prejudicar a população e a cidade. Isso eu não vou deixar barato”, afirmou.
Medidas anunciadas
O prefeito informou que a Procuradoria do Município já prepara recurso judicial para tentar suspender o aumento e que será contratada uma auditoria independente para verificar os cálculos da concessionária.
Além disso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) identificou 15 pontos de despejo irregular de esgoto e mais de mil consumidores cobrados por um tratamento que não existe. “Eles cobram por um serviço que não prestam e cometem crime ambiental. A Prefeitura vai intensificar as autuações e sanções”, disse Ramos.
O chefe do Executivo também sinalizou que está em estudo a rescisão do contrato de concessão, válido até 2045. “Já temos provas suficientes de descumprimento contratual, crimes ambientais e prejuízos à população. O processo para a saída da empresa está em andamento. A cidade não aguenta mais esse serviço precário”, declarou.
Luta coletiva
Adriano Ramos encerrou a coletiva conclamando os moradores a se unirem contra o aumento. “Vou precisar da população ao nosso lado, porque o povo de Paranaguá não pode pagar essa conta. A minha promessa de campanha foi acabar com a farra da Paranaguá Saneamento, e é isso que estamos fazendo”, garantiu.
fonte Prefeitura de Paranaguá
Portal Litoral do paraná
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